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25 de abr. de 2011

Alunos do presídio de Leopoldina celebram a Páscoa


PROGRAMAÇÃO DE PÁSCOA

EJA-RECOMEÇO – UNIDADE PRISIONAL DE LEOPOLDINA

TERÇA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2011

ABERTURA: 09 h

- Saudação/Acolhida

- Oração

- Momento cívico: Hino nacional (explicar sobre as palmas )

- Celebração:

• Cântico: Grande é o Senhor ...

• Participação: Karina e Geisiane: música – Sonho de José

• Palavra pastoral: Pr. Adilson Mazeu

Participação dos alunos

• Música: Paulo Henrique (Fund. II)

• Poema: Éliton (Fund. II)

• Acróstico: alunos do médio

• Jogral - Alfabetização

• Tabuada cantada – Alfabetização

Agradecimentos: A Deus ... A direção do presídio( e toda equipe), à EE Luiz Salgado Lima pelo apoio irrestrito ..., aos professores ... ao Pr. e irmãos que aceitaram o nosso convite ..., familiares e especialmente aos nossos alunos que é o motivo principal desta celebração ...

- Encerrar com a oração do Pai Nosso.

 (Servir a canjica )
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AS HEROÍNAS DO EJA

PALAVRA POÉTICA
ELITON agradece às professoras da escola no presídio de Leopoldina

Eu Éliton, sou nascido em uma família que me deu educação e um bom caráter que aprendi com meus pais. Convertemos ao evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e com a leitura bíblica, conheci a história de várias heroínas, por exemplo Débora, Ester, Maria mãe de Jesus e outras.

Um dia, não quis mais ser evangélico e fui fazer a vontade da minha carne, mesmo sabendo que teria prejuízo. Meu amigo, deixar de servir a Deus e ir servir o mundo é prejuízo, prejuízo tão grande que vi apenas em uma cela de prisão.

Meu amigo, quanta solidão, depressão, angústia para mim, nada mais fazia sentido, quando um dia uma das heroínas do EJA me perguntou se eu queria voltar a estudar! Meu amigo, na mesma hora respondi que sim, eu quero. Mas fiquei pensando onde seriam as aulas e como seria, pois estamos dentro de um presídio. É amigo, as professoras ficam horas trancadas com os detentos, homens que cometeram delitos, mas querem um meio para se redimirem, e elas, as heroínas do projeto EJA estão presentes no nosso dia a dia, nos mostrando, nos ensinando que a Educação é um dos melhores meios para que sejamos alguém na vida.

Que Deus continue abençoando estas mulheres e que elas não desistam desta missão.

Éliton.
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Nota: EJA - Programa Educação de Jovens e Adultos

20 de abr. de 2011

Justiça solta assassino confesso, é mole?

Essa jovem está morta, o assassino passeia pelas ruas


As nossas prisões estão lotadas (como todos sabem) de presos acusados de delitos leves, sem violência, a maioria jovens envolvidos com drogas, assim como presos portadores de sofrimento mental. São tratados como o pior dos criminosos.
Mas quando se trata de assassinos, não dá para entender, a "nossa justiça" é uma mãe complacente, que usa de qualquer brecha para proteger assassinos. Como tenho dito aqui no blog: MATAR PODE !!!!!!
Se fosse menor, não esperava nem julgamento, já iria direto para os campos de concentração para menores para cumprir os três anos que valem por 30.

A juíza alegou entre outras alegações que nada indica que o assassino vá delinquir de novo. Ou seja, ele, por enquanto, só matou uma jovem, não tem problema. Se matar mais alguém, a juíza não está nem aí, só alega que cumpriu a lei. Que lei?

Que justiça é esta?
Até quando a justiça vai abusar da paciência e tolerância do povo brasileiro?

Leiam a notícia completa no Estado de Minas de hoje (20/4)

Juíza liberta vigia que matou jovem

Tribunal do Rio de Janeiro mandou soltar o assassino confesso de universitária de 21 anos morta em escola no mês passado

Rio de Janeiro
Uma juíza do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro negou o pedido de prisão preventiva do vigia Luiz Carlos Oliveira, de 50 anos, que confessou ter assassinado, em 7 de março, a estudante universitária Mariana Gonçalves de Souza, de 21. A jovem foi degolada dentro da escola da família, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, depois de ter sido atacada pelo vigia, que havia trabalhado de pedreiro na unidade de ensino e tinha uma paixão platônica por Mariana. Luiz Carlos, que confessou à polícia quando foi preso que matou a jovem por ela ter recusado um beijo, estava preso temporariamente por 30 dias desde o dia seguinte ao crime, quando se apresentou à 33ª DP, em Realengo, também na Zona Oeste, e confessou o crime.
A decisão foi tomada na sexta-feira da semana passada e, como o prazo da prisão temporária expirou, Luiz Carlos foi posto em liberdade. A família de Mariana foi surpreendida pela decisão, mas só ficou sabendo da soltura quando o acusado foi visto rondando a escola em Campo Grande, onde o crime ocorreu. “O endereço que ele forneceu (à Justiça) da irmã fica em Bangu. O que ele estava fazendo em Campo Grande? Estávamos tentando levar nossas vidas. Mas e agora? Esse cara não tem nada a perder”, desabafou Rafael Aragão, de 23, namorado de Mariana.

No despacho, a juíza Elizabeth Louro alegou que “o denunciado teve a iniciativa espontânea de comparecer à DP no dia seguinte aos fatos, para prestar declarações, onde, aliás, confessou a conduta”. Segundo a magistrada, o vigia “forneceu o endereço de sua irmã como o local onde poderá ser encontrado, circunstâncias que surgem de molde a afastar o pressuposto atinente com a garantia da futura aplicação da lei penal”. A magistrada explicou ainda no despacho que “a gravidade do delito não é elemento caracterizador, por si só, da necessidade da prisão cautelar”.

Por fim, a juíza escreveu que “o fato, em si, isoladamente, nem sequer pode fazer supor que o agente vá voltar a delinquir, dado o caráter absolutamente pessoal e emocionalmente dirigido da conduta. Não bastasse isso, o choque causado à comunidade e o clamor social invocado pelo promotor de Justiça não se me afiguram efetivamente presentes, até porque clamor público não se confunde com repercussão midiática”.

Ao se entregar à polícia, o vigia disse que cometeu o crime por amor e afirmou ter tido um relacionamento com a jovem, a quem ajudava financeiramente, segundo o assassino. De acordo com a polícia, no entanto, as afirmações não foram comprovadas e foram inventadas por Luiz Carlos. Ele confessou ter matado a jovem com um caco de vidro dentro do Centro Educacional Gonçalves Dorneles, em Campo Grande.

O CRIME
Mariana foi encontrada morta pela mãe, dentro da cozinha da escola, na segunda-feira de carnaval. Ela tinha ido ao centro educacional para receber o pai de um aluno, que desejava pagar mensalidades atrasadas. Preocupada com a demora da filha, que também não atendia o celular, a mãe foi ao colégio e localizou a moça, já morta. O corpo apresentava marcas na cabeça e cortes no pescoço. Formada em radiologia, Mariana havia começado a faculdade de contabilidade para ajudar no trabalho da escola. Luiz morava num condomínio ao lado do colégio havia 10 anos. Ele não tinha amigos e não conversava com ninguém


19 de abr. de 2011

É o racismo, estúpidos!

Publicado hoje na Folha de São Paulo

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JOSÉ VICENTE

O racismo é perigosamente destrutivo e enganador; tanto quanto repudiá-lo, também é indispensável combatê-lo sem trégua e sem piedade

Dez anos depois da primeira Conferência Mundial contra o Racismo e a Xenofobia de Durban, África do Sul, as mazelas e os perigos do racismo acenderam a luz vermelha e a ONU, instituindo 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, volta a conclamar a comunidade de nações a se debruçar sobre os equívocos e a ineficiência das políticas antirracistas, por conta do recrudescimento dos níveis de racismo e discriminação racial contra os negros no mundo.

Recentes bananas oferecidas aos jogadores brasileiros Neymar e Roberto Carlos, as agressões verbais, os sons imitativos de macacos e as vaias das torcidas nas praças esportivas contra jogadores negros dão a dimensão da gravidade da situação, obrigando a Fifa e órgãos ligados ao esporte a tomar medidas severas para prevenção, punição e combate ao racismo, dentro e fora dos gramados.

Surrealismo, ambiguidade, hipocrisia, cinismo, desfaçatez, indiferença e tantos outros adjetivos jorram na literatura quando se analisa a tão vilipendiada trajetória do negro no Brasil. Todos apontam o racismo e ninguém consegue encontrar um racista. Junta-se a eles, a partir de agora, a estupidez.

Estúpido, este foi o adjetivo com que o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT/SP), definiu seu colega Jair Bolsonaro (PP/ RJ), por ocasião de suas maldades racistas e preconceituosas contra a cantora negra Preta Gil e os homossexuais em geral por meio de veículos de comunicação de massa.

O adjetivo em questão, seguramente, pode ser estendido a seus colegas congressistas Jaime Campos (DEM/ MT), que se referiu ao ministro negro do STF, Joaquim Barbosa, como "moreno escuro", por ter esquecido seu nome, Marcos Feliciano (PSC/SP), que responsabilizou a África e os negros africanos por todos os males do mundo, e ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO), que, no plenário do STF, disse que a mulher negra gostava de ser seviciada pelo senhor.

Como inocentes úteis, tais nada inocentes parlamentares, protegidos pela impunidade, destilam em praça pública os venenos que reservavam para ambientes privados.

Flertando com os veículos de comunicação, são a fina e rejuvenescida flor daquela corrente que faz um mau uso do direito de expressão para fins pessoais inconfessáveis, colocando o mandato popular a fomentar, voluntária ou involuntariamente, mas de modo igualmente irresponsável, o ódio racial.

Como a resultante dos estúpidos é a estupidez, a retórica dissimulada em ideia livre e democrática é, na verdade, a correia de transmissão para os também estúpidos integrantes das gangues organizadas que, em São Paulo, no ambiente cibernético e à luz do dia, pregam e praticam a perseguição, a agressão e a eliminação de negros, de judeus e de homossexuais.

É o combustível que encoraja os estúpidos das forças policiais, que, na Bahia, conforme noticiou esta Folha, dizimam a juventude negra brasileira. É o estímulo final aos seguranças de shopping centers e supermercados de grife, que vigiam os negros nas passarelas e batem em sua caras nas salas de segurança e em estacionamentos.

O racismo é perigosamente destrutivo e sutilmente enganador. Ele tateia sutilmente pelas frestas e se mistura sinuosamente como naturalidade cotidiana; tanto quanto repudiá-lo, é indispensável combatê-lo sem trégua e sem piedade.

Sem diminuí-lo e sem ignorá-lo. A ONU e a Fifa estão corretas, assim como o deputado Vaccarezza. É o racismo, estúpidos!
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JOSÉ VICENTE, advogado, mestre em administração e doutorando em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, é reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares

16 de abr. de 2011

Os detentos escrevem sobre seus sonhos de felicidade

Redações dos apenados no presidio de Leopoldina sobre o filme "Em busca da felicidade", alunos da professora de Filosofia e Sociologia, Andrea Cangussu.

(Dois autorizaram publicar com o nome completo, e outros somente com as iniciais)

EM BUSCA DA FELICIDADE
Luiz Carlos Souza da Silva

Bom, minha história de vida é baseada no filme porque já pensei também em fazer o mesmo, terminar meus estudos, ser alguém na vida, mas acho que fiz a coisa errada, por não ter acreditado que eu poderia ser tudo que sonhei.

Quer dizer, já fiz isso, queria ser diferente, sair da rotina que me deixa assim aflito ou até mesmo privado de certas coisas, mas não fui muito longe, tive que voltar, aí não foi nada fácil recomeçar tudo de novo.

No começo foi fácil, mas tudo a cada dia que passava ficava mais difícil, então quando dei por mim, já estava no mundo das drogas, piorando mais e mais.

Acabei vindo parar nesse lugar, mas não me questiono, porque quem sabe não foi melhor assim, outras coisas ruins poderia ter me acontecido até mesmo a própria morte.

Sei que Deus corrige a quem ama e castiga aquele que tem como filho, é para minha correção que hoje eu sofro.

Porque Deus nem sempre nos ajuda como queremos, mas da melhor forma possível para a nossa real felicidade.


EM BUSCA DA FELICIDADE
Victor Carioca Machado da Silva

Já passei diversas coisas, já andei em muitos lugares, conheci diversas pessoas. Já vivenciei coisas boas e ruins. E com tudo isso aprendi, me surpreendi, não me abalei.

Já fui ao luxo de ter o que eu queria e quem eu queria, como também já passei necessidade, e com esse aprendizado que a vida me proporcionou, sempre aprendi e tirei como lição as coisas boas e sempre procuro ser melhor: como pai, como filho, amigo, neto, primo, sobrinho, irmão, profissional em todas as coisas.

Não abro mão de nenhuma experiência que eu tive, todas elas me ensinaram a ser quem eu sou hoje em dia. Tenho meus defeitos, as minhas falhas, mas também tenho muitas qualidades e virtudes.

Eu aprendi com os meus erros e acertos e levo as coisas boas. Sobre os erros espero não mais cometê-los.


EM BUSCA DA FELICIDADE
B.M.B –
Eu estou em busca da minha felicidade já tem um bom tempo, igual o rapaz do filme, que largou tudo o que ele tinha para ir atrás da sua felicidade. Largou os seus pais, a faculdade, dinheiro e carro, mas no final de tudo ele percebeu que a felicidade dele estava ao lado dos seus pais e de sua família.

Eu larguei a casa dos meus pais com 17 anos para ir viver com a mãe da minha filha, que hoje tem 3 anos, mas também não foi aí que eu achei a felicidade, foi onde que tentei encontrar nas drogas.
Quando a minha filha fez um ano de idade eu já era dono de uma boca de fumo, aí eu achava que era feliz.
Quando a minha filha estava completando 2 anos eu larguei da mãe dela e fui morar com a minha esposa que está comigo até hoje, mas ainda não me contentei com o dinheiro das drogas, eu queria mais, aí eu comecei a fazer assaltos e acabei sendo preso e aqui estou eu, atrás da felicidade e da minha liberdade.


G.A.C –
A minha esperança, pelo menos no lugar que estou hoje, é sair daqui e ficar com os meus filhos, diferente do rapaz do filme que queria viver sozinho, buscar a sua felicidade na natureza e não teve um final feliz.

A minha vida foi totalmente diferente, a única coisa que eu buscava pelo menos na minha adolescência, era curtir a vida, ir para bailes, usar drogas até eu parar onde parei, e agora paro e penso, e vejo que não valeu a pena as coisas que eu fiz, só me misturei com gente que não prestava, que me fez e ensinou a cometer vários erros. E hoje eu me pergunto se tem volta.

Eu sei que tem, porque ainda sou muito nova e posso dar a volta por cima.


J.P –
Vou falar sobre o filme. Sobre mim não tenho nada a falar, pois para falar de felicidade tenho que estar feliz, coisa que não tem condições neste lugar.

Eu achei o filme depressivo, uma pessoa larga tudo só porque não se adaptou à filosofia de vida dos pais? Abandonou tudo, entrou em conflito consigo mesmo, não aceitou os ideais das pessoas, mas quis que as pessoas aceitassem seus ideais.
Foi para o Alaska, praticamente se laskou. Não teve uma companheira. Sofreu praticamente a vida toda. Não teve tempo de montar uma ONG e passar seus ideais para as pessoas. Não proliferou suas idéias. Creio eu que ele não acreditou muito em si mesmo.

Depois de tanto sofrimento, isolamento, conflitos, morrendo envenenado chegou à conclusão que para ter felicidade tem que compartilhar. Para mim foi um filme baixo astral, procurar a felicidade para descobrir, morrendo sozinho, que a felicidade tem que ser compartilhada.

Para mim, felicidade é viver a vida da melhor maneira possível e ajudar a quem precisa de ajuda, e não se fechar procurando uma coisa tão simples , que é viver.


K.D.P –
A felicidade eu busco no amor, no carinho e na compaixão. Estou feliz porque encontrei um alguém para me fazer feliz, me dar um pouco de atenção e de “carinho”.

Tem momentos que me bate a tristeza, a tristeza da falta da minha mãe, dos meus irmãos e da minha vida lá fora. O que eu mais quero na verdade é ir embora, o que eu mais quero é ser feliz, do lado de quem me ama de verdade.

Mas eu tenho fé no Senhor Jesus que eu já mudei, e mudei para melhor. Já sofri muito, o que eu mais quero agora, é buscar a minha felicidade e ser feliz por completo.

M.A.A
Acredito que a felicidade é o principal motivo para dar força no dia a dia, assim como os sonhos. Sonhar é fundamental e o mais importante é torná-lo realidade. Com isso você estaria sendo feliz.

Às vezes para sermos felizes e tornar o sonho, o seu desejo realidade temos que abrir mão de muitas coisas, nem que isso possa magoar outras pessoas próximas de você. Até mesmo mudar seu “plano de vida”.

Assim como o filme “Em busca da felicidade”, um rapaz de família bem sucedida, da “alta sociedade”, recém formado abre mão de todos os “seus bens”, de todo luxo e conforto que sua família lhe oferecia para buscar seu ideal, tornar seu sonho real. Buscando sua felicidade.

Até que saiu em sua jornada procurando o melhor ponto com o “seu eu interior” e por aí vai conhecendo lugares novos, pessoas novas e até mesmo culturas diferentes.

Mas ao final descobre que “a felicidade só é real quando compartilhada”. Algo que não tinha com quem compartilhá-la, pois tinha largado para trás todo o carinho de sua família, que são as pessoas mais importantes de sua vida.

S.M.M.B –
Cada um de nós trilhamos nosso próprio caminho “em busca da felicidade”. Somos livres para escolher a caminhada, mas às vezes escolhemos de maneira errada. Deus permite para que possamos aprender, seja ela no amor ou na dor.

Infelizmente existem aqueles que acham que a felicidade está no dinheiro, nos bens materiais, no poder, no orgulho, na arrogância, etc. Outros já encontram no amor, no companheirismo, na caridade e não se orgulhando de bens. Talvez esta última forma seja a melhor, pois é muito ruim tornarmos escravos de podridão, ganância, poder, egoísmo, etc.

Por isso devemos ir em busca da felicidade, às vezes tropeçando, caindo e levantando, mas tentando encontrá-la.

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9 de abr. de 2011

Justiça mui gentil... dependendo do réu

Justiça do RS solta atropelador de ciclistas de prisão preventiva

Ricardo Neis é acusado de tentativa de homicídio de 17 pessoas

(GRACILIANO ROCHA DE PORTO ALEGRE)

O funcionário do Banco Central Ricardo Neis, atropelador confesso de um grupo de ciclistas em Porto Alegre, deixou ontem o Presídio Central da capital gaúcha.

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu habeas corpus ao servidor.

O bancário saiu do presídio por volta das 14h30 e evitou falar com a imprensa. Neis estava preso desde o dia 11 de março.

O motorista é réu em ação penal sob acusação de ter tentado matar 17 ciclistas que participavam de uma pedalada em 25 de fevereiro.

Para a Promotoria, os crimes foram agravados porque ele, ao acelerar o carro contra o grupo, atingiu as vítimas de costas, não permitindo oportunidade de defesa.

A acusação também considera fúteis os motivos do crime e que Neis expôs ao perigo outras pessoas que estavam na rua.

Com o habeas corpus, Neis responderá ao processo em liberdade, mas continuará sem poder dirigir.

Sua carteira de motorista foi suspensa no mês passado na mesma decisão judicial que determinou sua prisão. A defesa de Neis não apresentou pedido para restabelecer a habilitação.

O desembargador Odone Sanguiné, relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça, decidiu que mantê-lo preso por causa da "indignação social ante as imagens veiculadas" equivaleria à "antecipação de pena" e violaria a o princípio da presunção de inocência.

Os outros dois desembargadores da Câmara Criminal seguiram o voto do relator.

Na sua defesa, Neis afirma que acelerou o carro contra os ciclistas para proteger a si mesmo e a seu filho de um suposto linchamento.

O Ministério Público não informou se pretende recorrer da decisão.
Fonte: Folha de São Paulo, 9/4/2011