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10 de jan. de 2008

Manuel de Barros










me explica por que um olhar de piedade
cravado na condição humana
não brilha mais que anúncio luminoso?
Me explica por que penso naqueles moleques
Como nos peixes
Que deixava escapar do anzol

Com o queixo arrebentado?

(Poemas concebidos sem pecados, pág 27)
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O ser que na sociedade é chutado como uma barata - cresce de importância para o meu olho.
Pessoas pertencidas de abandono me comovem: Tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.

(Retrato do artista quando coisa - Editora Record, 1998)
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2 comentários:

  1. Quando puder, envie um texto sobre o tema de sua preferência para "O Jaguaribe". Será um prazer ter a sua colaboração.
    ojaguaribe@gmail.com

    Abraços

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  2. Anônimo22/1/08

    Carlinhos, obrigada pela deferência, seria uma honra escrever para "O Jaguaribe". O problema é que o tema da minha preferência - a barbárie e a seletividade do nosso sistema penal - não interessa às pessoas. Já temos quase meio milhão de pessoas presas neste país e a sociedade e os meios de comunicação continuam fazendo apologia da prisão, numa demonstração de crueldade e "burrice" por não perceberem o quanto a prisão desenfreada mais aumenta a violência.

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