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Resultados da pesquisa

28 de jan. de 2008

Mulheres presas

Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa

Dobra número de detentas no país

Nos últimos cinco anos, o número de mulheres privadas de liberdade duplicou: subiu de 3% do total de presos em 2002 para 6% em 2007. Do total de presos em delegacias e penitenciárias no país, estimado em 420 mil detentos, há atualmente 25,8 mil mulheres, sendo 6,5 mil presas em delegacias e 19,3 mil em penitenciárias. Os dados são do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça, relativos a junho de 2007 – os mais atualizados disponíveis.
Assim como os presos do sexo masculino, as mulheres privadas de liberdade também sofrem com a superlotação nas delegacias e presídios. O déficit é de cerca de 12 mil vagas. De um total de 467 penitenciárias ou similares informados pelos estados ao Ministério da Justiça, apenas 40 são destinados a mulheres (8 5%), sendo que apenas 15 (3,2%) podem ser consideradas penitenciárias de grande porte, de acordo com o diretor-geral do Depen, Maurício Kuehne. “São pelo menos 15 unidades femininas no Brasil, o que é pouco frente à massa carcerária de mulheres, hoje em torno de 25 mil presos, mas são 15 unidades onde todos os direitos estão contemplados”, garante o diretor.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, reconhece a precariedade do sistema prisional brasileiro, entre eles o feminino. “O sistema prisional brasileiro, tanto para a pena dos adultos, como para jovens e mulheres, é precário; e a ampla maioria dos estabelecimentos, profundamente desumanos. Porque constituem locais de segregação, de aprisionamento, de detenção e de isolamento, e não cumprem a sua finalidade recuperativa”, avalia.
A maioria das mulheres presas tem entre 18 e 24 anos (17,6%), seguidas pelas que têm entre 25 e 29 anos (16,1%), 35 a 45 anos (13,4%) e 30 a 34 anos (12,5%). A maioria também é da cor branca (27,9%), seguida pelas de cor parda (25,8%) e pelas negras (10 1%). Em relação ao grau de instrução, os dados informam que, do total de presas, 3,2% são analfabetas, 8,8% são alfabetizadas e 30% têm apenas o ensino fundamental incompleto e representam a maioria. Entre os crimes cometidos por mulheres, em primeiro lugar está o tráfico internacional de entorpecentes (30,2% do total), seguido por roubo qualificado (4,8%), roubo simples (4,6%) e furto simples (3,9%).
"São pelo menos 15 unidades femininas no Brasil, o que é pouco frente à massa carcerária de mulheres, hoje em torno de 25 mil presas"Maurício Kuehne,diretor-geral do Depen

(Fonte: jornal Estado de Minas, seção nacional, 28/1/08)

Comentário

Os juízes deveriam ser mais conscientes do que significa prender mulheres. Significa filhos sem mães, famílias desestruturadas, um verdadeiro detonador de mais caos social e, por conseguinte, de violência na sociedade. No entanto, as prisões de mulheres vêm aumentando cada vez mais, sem que se avaliem as consequências dramáticas para as famílias. É mais uma crueldade com as crianças que ficam sem suas mães, criadas no abandono e sob o estigma de "filhos de presidiárias". Essas mulheres deveriam ser amparadas pelo poder público e não jogadas dentro de cadeias e presídios.

5 comentários:

  1. Anônimo29/5/08

    eu acho que tdas tem que pagar pelo seus erros.ela sim os filhos que não.....

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  2. Penso que as políticas públicas no Brasil são voltadas para um movimentos de higienização e punição. Longe de ser o ideal como temos comprovado até então. Longe de ser o mínimo em termos de reintegração e ressocialização o sistema penitenciário é uma escola do crime. Caso não haja mudanças nessas políticas ou um intervenção da sociedade civil levando programas para dentro dos presídios que realmente busquem recuperar, resgatar e dar esperanças de um futuro melhor, estaremos contribuindo para que as pessoas saiam ao final do cumprimento de suas penas e voltem ao crime, como única opção.Cuidado! Os presídios hoje são uma gigantesca panela de pressão....

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  3. eu acho que as mulheres fazem este tipo de violencia deve paga

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  4. Anônimo3/2/10

    Acredito que as pessoas em geral que cometem crimes devem ser tratadas e não simplesmente punidas... Temos que assumir a nossa parcela de responsabilidade e ajudar em vez de condenar...quem somos nós? Se nem Jesus nos condena. Pelo contrário nos ensina com amor... quem somos nós para julgar e condenar... É aquela história do "atire a primeira pedra quem nunca pecou..."

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  5. Se cometeram um crime foi devido a ausência do Estado em dar melhores condições de vida, então essas deveriam ser ressocializadas, e retornar com novas ou alguma função social.

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