Jogar um ser humano numa cadeia como essa é cometer um crime maior que o do próprio acusado: um crime contra a vida
Os presos da cadeia pública de Leopoldina vêm através deste jornal esclarecer que os incidentes nesta prisão não são frutos de pura rebeldia ou indisciplina.
Várias são as irregularidades da cadeia local, o que ficou provado quando a CDH - Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos vereadores - visitou esta prisão. Porém, de lá para cá, nada mudou.
A Constituição Federal de 1988, conhecida como constituição cidadã, apregoa que ninguém será submetido a tratamento desumano e degradante, que ninguém poderá ser torturado fisicamente ou psicologicamente.
E aí, como estão tratando os presos? Talvez a pena de morte seja menos cruel, pois o sofrimento desta não é constante como o que infringem aos presos aqui.
A pena de prisão cruel é um crime contra a humanidade.
As prisões brasileiras assemelham-se aos campos de concentração nazistas, só destroem vidas. Pedimos compreensão e ajuda à CDH da Câmara dos Vereadores, ao Prefeito Bené Guedes, ao Ministério Público, à imprensa, ao Bispo Dom Dario, à Pastoral Carcerária e à APAC.
Masmorra
"... as prisões brasileiras são piores que as masmorras." (ministro Gilmar Mendes)
No encontro nacional do Judiciário realizado em BH, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou que as prisões brasileiras são piores que as masmorras. E acentuou que a situação é grave, preocupante e vergonhosa, o que não é novidade para ninguém. Quanto à denominação de masmorra para os nossos cárceres, teve gente que achou a comparação muito modesta. As celas do país são locais infernais, superlotados. Dezenas de presos são amontoados sem condições higiênicas e psicológicas. O problema vai demorar para ter solução. Se é que vai ter.
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