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20 de mai. de 2010

Carta do Comandante da Polícia Militar à Srª ELZA mãe de Eduardo, o motoboy espancado até à morte

Atitudes que ainda nos despertam esperança
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo, 23 de abril de 2010
Senhora Elza,
Quero, não como Comandante Geral da Polícia Militar, mas como Álvaro Camilo, dirigir-me à Senhora e pedir desculpas pelo que, a princípio, pessoas insanas e desumanas fizeram à sua família.
Coloco-me, como pai que sou, a lamentar este ato inconcebível desses homens que, até hoje, envergaram a farda da Polícia Militar, mas que se esqueceram do juramento feito de "defender a sociedade com o sacrifício da própria vida".
Essa, tenho certeza, não é a formação dada nas escolas militares, aliás, muito pelo contrário, lá se ensina a prática do bem e do caminho das coisas certas.
Abominável conduta desses homens que se dizem defensores da lei e da ordem. Não sabemos porque essa conduta. Pode ser que a justiça vanha a descobrir, mas suas posturas demonstram que andavam no caminho do mal.
É evidente que nada apaga a dor da ausência e nehuma palavra trará seu filho de volta, porém é necessário que firmemos a convicção da fé de que buscaremos a justiça de toda forma.
Como cristãos sentimo-nos tristes, pois o ensinamento de Jesus Cristo, sempre nos norteou a "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos". Próximo como o Eduardo que foi desprezado pela conciência desumana e irracional de seres que talvez não sejam classificados como humanos.
Agora, como comandante desta institução de mais de 100 mil homens e mulheres, afianço à senhora que a Corregedoria da Polícia Militar trabalhará permanentemente para descobrir e punir severamente os autores deste inescrupuloso crime, afim de que outras famílias não passem o que a senhora está passando.
Adotei como ordem solicitar que um Promotor de Justiça acompanhe as apurações e as investigações de maneira de que tudo seja o mais transparente possível e que toda a sociedade possa acompanhar o caso, naquilo que for possível.
Coloco a Polícia Militar à sua disposição para acompanhar todos os passos do processo e a convido a vir ao Quartel do Comando Geral para que eu possa mostrar que a Polícia Militar de São Paulo não se resume nestes malfeitores.
Que Deus lhe conforte e ilumine neste momento de dor e sofrimento.'
Álvaro Batista Camilo

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