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16 de mai. de 2010

POESIA DE DOMINGO: MANOEL DE BARROS

O ser que na sociedade é chutado como uma barata
cresce de importância para o meu olho.
Pessoas pertencidas de abandono me comovem:
Tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.

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Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e das nossas).

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Me explica por que um olhar de piedade
cravado na condição humana
não brilha mais que anúncio luminoso?

Me explica por que penso naqueles moleques
Como nos peixes
Que deixava escapar do anzol
Com o queixo arrebentado?


(Do livro POEMAS CONCEBIDOS SEM PECADOS)
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