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29 de jul. de 2011

Editorial da Folha defende filme "que contém cenas sugestivas de estupro de recém-nascido e de incesto com criança"

Editorial de hoje na Folha de São Paulo


Tutela descabida

"Só o excesso de zelo, ainda que revestido da melhor intenção, pode explicar o novo atentado às liberdades contido na proibição do longa-metragem "Um Filme Sérvio - Terror sem Limites".

Até a tarde de ontem, a obra não poderia ser legalmente lançada no Brasil, porque o Ministério da Justiça suspendeu o processo de classificação indicativa do filme, no último dia do prazo. Sem isso, ele não pode ser exibido.

Foi a última das investidas censórias contra a fita, que contém cenas sugestivas de estupro de recém-nascido e de incesto com criança. Após exibições sem percalços em festivais em Porto Alegre e São Luís, deveria ter sido projetada sábado passado no evento RioFan, mas a Caixa Econômica Federal impediu a sessão em seu espaço cultural carioca.

A distribuidora programou a projeção, então, para o Cine Odeon, o que tampouco ocorreu. Neste caso, por interdição da Justiça: a 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso acatou pedido do partido DEM, proibiu a sessão e mandou apreender cópia da obra, invocando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que veda cenas de sexo com crianças.

Não cabe aqui julgar, nem muito menos defender, o conteúdo do filme. Seria um escândalo se fosse apresentado em sessões livremente acessíveis para menores de idade, sem um alerta claro sobre o que veicula. Para isso serve a classificação indicativa, ora mantida inexplicavelmente no limbo.

Constitui uma violência o Estado arrogar-se o poder de decidir o que um cidadão pode ou não ver no cinema. As liberdades artística, de expressão e de informação contam com sólidas garantias na Constituição Federal.

Tais liberdades podem entrar em conflito com outros direitos tutelados na legislação, como parece ser o caso aqui. Mas, na maior parte das situações, a solução mais democrática se dá em favor da liberdade, não contra ela."
Recado à Folha
Quer dizer que o jornal acha que impedir menores de idade de assistirem a tal filme é suficiente? A Folha é tão ingênua que não sabe que, nesse quesito pedofilia, o perigo são os maiores de idade, os pedófilos que infestam este país?
Dias atrás, fui avisada de um site com cenas de pedofilia, para que fizéssemos a denúncia ao órgão competente.
Inocente e despreparada, cliquei no link indicado, e o mal que me fez nunca será apagado da minha memória. Lamentei ter visto aquilo, preferia não saber que isso existe: monstros que fazem sexo com criança. O grito e o choro daquelas crianças perseguiram-me desesperadamente naquela noite e durante dias me vi incapacitada de voltar ao meu equilíbrio emocional.
Desejei nunca ter visto aquilo.
E agora assisto ao jornal Folha de SP dedicar um editorial para defender o direito de ver isso...
É inacreditável, é enojante, é desesperador.

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