Vaine Darde
No dia em que eu passar indiferente
à miséria que dorme nas calçadas,
que passe pela dor sem sentir nada
nem sinta em mim a dor dos inocentes...
No dia em que eu contemple e tudo aceite
da agonia infantil abandonada,
e a velhice indefesa e maltratada
aos meus olhos não seja comovente,
Quando eu veja e não chore o mal alheio
e consinta que um cão fareje a fome
e que um anjo pernoite sem esteio,
Então declinarei do que hoje creio
e sentirei vergonha de ser homem
e o Belo, além de inútil, será feio.
Publicado no blog da Nice
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