Bety faz um trabalho fantástico dentro da cadeia de Cataguases e Leopoldina. Além de professora de uma turma de alfabetização, dinamiza a biblioteca e presta todo tipo de atendimento aos detentos. É uma educadora supercriativa, fico maravilhada de ouvir os relatos das suas aulas e das sutilezas que lança mão para fazer com que os presos se interessem pelos livros.
Ela faz dentro da prisão o que os demais professores não conseguem nas escolas, com todo espaço e todas as alternativas da liberdade: os alunos gostam das suas aulas e querem continuar aprendendo.
Um dos detentos a definiu com um "Triunfo à professora Beth":
Oh! Diva Beth! Tu és a luz que resplandece.
Quando entras pela galeria, enche nossos corações de alegria. És uma benção! Este teu lindo sorriso. Deus nos abençoa quando você se põe a orar. Se não acreditas em santos, como posso lhe chamar?
Agradeço a Deus por ter lhe conhecido. És uma graça, és uma irmã que nos abre os braços. Beth, Dona Beth, irmã Beth, não importa. É a heroína que nos traz a vitória.
Leiam o relato da Beth ao passar pelas celas com o carrinho (de supermercado)distribuindo livros:
"Quando chego na porta das celas, eles já brincam: “veio comprar o que D. Beth?” Eu respondo: “hoje vou comprar o incomprável: o seu conhecimento e seu prazer de viajar pelo mundo das letras. Hoje tem Ernest Hemingway”.
Daí eles morrem de rir, e dizem assim: “não vale, torci minha língua”.
Tento convencê-los: “vamos falar juntos e devagar, depois você vai também conseguir falar I love You para sua amada”.
“Não, dona Beth, ela vai pensar que estou xingando.”
Depois desse diálogo, consigo que ele fique com pelo menos dois livros e todos da cela também se contagiam com as gargalhadas e pegam mais livros.
Em outra cela: “Hei, dona Beth, tem” livro quente” hoje? Igual ao O Cortiço, Gabriela...?”
Digo: “Hei, menino, isso demais faz mal, que tal esta linda história real de um náufrago que...?
“Mas, dona Beth, já naufraguei aqui faz tempo!”
Daí não tem jeito, tem que ser mesmo o “livro quente”."
Um dos detentos a definiu com um "Triunfo à professora Beth":
Oh! Diva Beth! Tu és a luz que resplandece.
Quando entras pela galeria, enche nossos corações de alegria. És uma benção! Este teu lindo sorriso. Deus nos abençoa quando você se põe a orar. Se não acreditas em santos, como posso lhe chamar?
Agradeço a Deus por ter lhe conhecido. És uma graça, és uma irmã que nos abre os braços. Beth, Dona Beth, irmã Beth, não importa. É a heroína que nos traz a vitória.
Leiam o relato da Beth ao passar pelas celas com o carrinho (de supermercado)distribuindo livros:
"Quando chego na porta das celas, eles já brincam: “veio comprar o que D. Beth?” Eu respondo: “hoje vou comprar o incomprável: o seu conhecimento e seu prazer de viajar pelo mundo das letras. Hoje tem Ernest Hemingway”.
Daí eles morrem de rir, e dizem assim: “não vale, torci minha língua”.
Tento convencê-los: “vamos falar juntos e devagar, depois você vai também conseguir falar I love You para sua amada”.
“Não, dona Beth, ela vai pensar que estou xingando.”
Depois desse diálogo, consigo que ele fique com pelo menos dois livros e todos da cela também se contagiam com as gargalhadas e pegam mais livros.
Em outra cela: “Hei, dona Beth, tem” livro quente” hoje? Igual ao O Cortiço, Gabriela...?”
Digo: “Hei, menino, isso demais faz mal, que tal esta linda história real de um náufrago que...?
“Mas, dona Beth, já naufraguei aqui faz tempo!”
Daí não tem jeito, tem que ser mesmo o “livro quente”."
A professora Beth
entregando o diploma
ao detento
kllotild Guimarães Pinto
Gostei muito da matéria, é uma lição de vida e refleção sobre a esperança de transformação de nossa sociedade.
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