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30 de jun. de 2008

Genocídio em Minas

O forno crematório a todo vapor
Mais dois presos morrem em uma cela em chamas na cadeia de Arcos, em Minas Gerais. São Vinícius Alves de Oliveira, de 18 anos e de Cláudio Galdino Ferreira Júnior, de 14.
Antes de serem conduzidos para o hospital onde morreram, os jovens teriam dito a parentes que gritaram por mais de uma hora por socorro, mas não foram atendidos. O carcereiro havia saído para almoçar e cumprir tarefas burocráticas. Um policial militar, que fazia guarda em uma guarita, teria se recusado a sair do posto, pois estava sozinho.
Há um terceiro jovem ferido, de 15 anos, permanece internado, em estado grave. De acordo com funcionários do hospital, ele tem poucas chances de sobreviver. Sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em 45% do corpo e respira com a ajuda de aparelhos.
Interessante o título da notícia: "Famílias exigem justiça". O mesmo que disse a mãe do jovem de 18 anos morto numa boate no Rio esses dias, assim como gritam as mães por seus filhos mortos nos morros e periferias.
Ou seja, assassinato de jovens pelo próprio estado é rotina neste país. Matam nas prisões, nos morros, até em bairros nobres. O estado brasileiro perdeu totalmente o respeito pela vida humana.
Não existe justiça, as autoridades respaldam os assassinatos. Não só respaldam como enviam os jovens para os fornos crematórios. Para alguém ser preso é necessário "ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente", está na Constituição Federal. Portanto, quem dá essa ordem escrita? Quem são os responsáveis pela prisão? Quem são os responsáveis pelas mortes na prisão?
"Famílias exigem justiça". Não soa estranho? Justiça não deveria ser algo espontâneo, natural, corriqueiro? Por que sempre, diante de um assassinato praticado por agentes do Estado, é preciso que as famílias implorem por justiça?

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