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21 de nov. de 2007

Fascismo escancarado

"Um tiro em Copacabana é uma coisa, um tiro na Coréia, no Alemão, é outra."
(Do secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrane, ao declarar que os traficantes estão se mudando para a Zona Sul para ficarem protegidos da polícia.)

"Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal."
(Do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, defendendo o aborto como forma de conter a violência na capital)

Como se vê, a política é de extermínio. Desde que não atinja ninguém em Copacabana, Ipanema, Leblon, etc, a polícia pode atirar à vontade, e quanto mais matar, mais eficientes são. Bem, como a lei da sobrevivência fala mais alto, os traficantes estão migrando para as favelas, perto dos bairros onde não se pode atirar. Os que estão na mira da execução sumária encontraram a saída. As classes privilegiadas não contavam com a astúcia da vida, não sabem que ela é mutante, dinâmica e criativa.
Quanto ao número de filhos padrão sueco, o governador poderia, sim, implantar nas favelas o padrão sueco, mas através da educação, da informação, de atenção à saúde da mulher, e não matando os filhos que nascem aos montes por falta de políticas públicas que propiciem às mulheres o próprio controle sobre sua fecundidade.

Uma pergunta que não pára de me atormentar: Como governantes e autoridades fazem declarações tão absurdas, fascistas e infames, e não são cobrados pela justiça?

Enquanto isso, sou processada por denunciar as condições da cadeia pública da minha cidade

Eu estou há dois anos respondendo a um processo infernal na justiça, já fui chamada à polícia várias vezes, já compareci a três audiências humilhantes, nas quais sou chamada de RÉ, de CRIMINOSA, ameaçada de condenação, porque escrevi num editorial do jornal Recomeço um alerta para as condições DESUMANAS na nossa cadeia pública, com as seguintes palavras:
“Não é aceitável a conivência de magistrados, fiscais da lei, advogados, enfim, operadores do Direito, com tamanha barbárie. O regime atual é um desrespeito à Constituição, à lei, aos cidadãos deste país, enfim, à nossa inteligência”.
A minha declaração é de defesa da vida, contra o extermínio nas prisões, onde os presos são tratados como animais. Como vemos, o judiciário está mais para a defesa da morte do que da vida.

2 comentários:

  1. Basta ver que o jornalista que matou a namorada está em liberdade, já a menina que roubou uma lata de margarina...

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  2. Anônimo23/11/07

    O que eu não entendo é como as pessoas são coniventes com tanta injustiça.

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