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31 de mai. de 2008

ONU e execuções no Rio

Já que no Brasil não há reação contra o genocídio no Rio, é um alento deparar com a reação da ONU
Leiam notícia de hoje no jornal Folha de São Paulo:
ONU afirma que mortes por policiais no Rio são "execuções"
DENISE MENCHENCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Um relatório que será apresentado em uma conferência da ONU em Genebra, Suíça, na próxima segunda-feira, classifica como "execuções extrajudiciais" o alto número de autos de resistência (mortes em confronto com a polícia) registrados no Rio de Janeiro. Segundo o documento preliminar elaborado por Phillip Alston, relator para Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais da entidade, em 2007 o número de pessoas mortas no Estado por resistirem à abordagem policial foi de 1.330 -o equivalente a 18% do total de homicídios no período. "Só raramente essas mortes, classificadas pelos próprios policiais como autos de resistência, são investigadas", diz o documento.
Alston afirma ter tido acesso a indícios, como relatórios de autópsias, que indicam que em muitos casos ocorreram "execuções extrajudiciais". O relator, que esteve no Brasil em novembro de 2007, criticou ainda o fato de o governo do Estado ter classificado como "modelo para futuras ações" a operação que deixou 19 mortos no conjunto de favelas do complexo do Alemão, em junho de 2007. Ele apontou a necessidade de reforma nas ações policiais e no sistema judicial. Em nota, o governo afirmou que "realiza e manterá uma política pública de investimento social nas comunidades carentes para que o poder público se torne a referência para os moradores desses locais". "O confronto é indesejável, mas inevitável. Não há prazo nem mágica. É um trabalho sério, com inteligência e permanente", afirma a nota.
São Paulo
O relatório que será divulgado na segunda-feira também trará informações sobre São Paulo e apontará que, assim como ocorre no Rio de Janeiro, os tribunais paulistas só julgam cerca de 10% dos casos de homicídios ocorridos no Estado. Em São Paulo, dos 10% de casos julgados, só a metade termina com a condenação do réu acusado pela polícia e pelo Ministério Público por homicídio. A situação de superlotação em 95% dos 144 presídios paulistas também será denunciada no relatório. Sobre Pernambuco, Alston revelará que 70% dos homicídios são cometidos por "justiceiros, grupos de extermínio e esquadrões da morte."
(Colaborou ANDRÉ CARAMANTE, da Reportagem Local)

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