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7 de jul. de 2008

Polícia mata menino de 4 anos

"Eles vieram para executar, que polícia é essa?" pergunta o pai do menino

Polícia metralha carro com família dentro. A mãe implora por piedade para salvar o filho, mas 15 tiros atingem o carro, matando o menino.



Venho há anos lutando contra a violência do estado, em todas as suas instituições, violência esta mais letal, óbvio, quando se trata da polícia. Ela tem matado à vontade, a mando de seus comandantes e governadores que, nessa hora, vão à imprensa "pedir desculpas". Eu tenho nojo dessa desculpa que vem depois de algum dos milhares de assassinados pela polícia neste país.

Lembram-se quando aquele comandante da polícia do Rio declarou cinicamente na imprensa que eles eram os melhores inseticidas contra a dengue, ou seja que matam pessoas como matam mosquitos? Foi a este ponto que chegamos. E a sociedade aplaude. Postei aqui no blog a declaração do fascínora e não houve um comentário de protesto.

Mas se você, leitor, entrar num blog sobre política(cagem), futebol, mulher pelada, falar do Bush, campanha contra o cigarro, defesa da Amazônia, pregação a favor da menoridade penal, etc, vai deparar com até dezenas de mensagens enfáticas sobre essas bestagens todas. (Incluo aí a defesa da Amazônia, porque todo mundo quer preservar a floresta lá longe, mas não cuidam de uma árvore na sua cidade).

Nossas cidades viraram um filme de faroeste. É claro que a polícia adora sair atirando. Primeiro que já é da sua formação, segundo que agrada à sociedade que lê jornais e tem acesso á internet (porque julgam que eles só vão matar pobres e negros) e terceiro que não são responsabilizados, nem julgados. Se, por um acaso do destino, forem levados aos tribunais viciados do país é só declarar que foi uma "troca de tiros com marginais". Pronto: estão absolvidos. No máximo são afastados da corporação para continuar cometendo os crimes que aprenderam com orientação do estado.

Leia mais

São assassinos, isso não é polícia

Entrevista com o secretário de segurança do Rio (vídeo)

É hora, mais uma vez, de lembrar o aviso de Brecht:

É PRECISO AGIR
Bertold Brecht (1898-1956)

Primeiro levaram os comunistas

Mas não me importei com isso

Eu não era comunista

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os sindicalistas

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou sindicalista

Depois agarraram uns sacerdotes

Mas como não sou religioso

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

2 comentários:

  1. Rogério Marques
    O texto acima não é de Bertold Brecht e sim de Dietrich Bonhoeffer, que morreu dias antes de terminar a Segunda Guerra, se fosse Brecht ele teria morrido, pois os que foram levados foram mortos: judeus, comunistas e Brecht morreu em 56, a guerra terminou 10 anos antes

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  2. Anônimo9/7/08

    Rogério, que eu saiba Dietrich Bonhoeffer escreveu sobre temas religiosos e filosóficos e não o estilo desse texto que é a cara do Brecht. Quanto à temática, não tem nada a ver o fato de Brecht ter escapado dos nazistas. Ele fugiu da Alemanha na época e não escrevia por ele mas pelos que foram levados, como ele diz no texto.

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