Resista
Muin Bsaisso
Muin Bsaisso
Sacudiram um papel e uma sentença
Diante do meu nariz
Me jogaram a chave da minha casa.
O papel que me condenava
Dizia: resista!
A sentença que me oprimia
Dizia: resista!
A chave da minha casa
Dizia: por cada pedra
De tua pequena casa: Resista!
Uma batida na parede
E a mensagem que chegava através dela
De uma mão mutilada, dizia: resista!
As gotas de chuva
Sobre o telhado da sala de tortura
Gritavam: resista!
— “Lutaremos até que todos os homens morram; quando todos os homens morrerem as mulheres lutarão; quando todas as mulheres morrerem, as crianças lutarão; quando todas as crianças morrerem, nossos mortos se erguerão e lutarão...”
Diante do meu nariz
Me jogaram a chave da minha casa.
O papel que me condenava
Dizia: resista!
A sentença que me oprimia
Dizia: resista!
A chave da minha casa
Dizia: por cada pedra
De tua pequena casa: Resista!
Uma batida na parede
E a mensagem que chegava através dela
De uma mão mutilada, dizia: resista!
As gotas de chuva
Sobre o telhado da sala de tortura
Gritavam: resista!
— “Lutaremos até que todos os homens morram; quando todos os homens morrerem as mulheres lutarão; quando todas as mulheres morrerem, as crianças lutarão; quando todas as crianças morrerem, nossos mortos se erguerão e lutarão...”
Muin Bsaisso nasceu em Gaza, em 1930. Formado em literatura árabe e britânica na Universidade do Cairo, lecionou durante algum tempo na Palestina Ocupada. Após várias passagens pela prisão, por motivos políticos, acabou por exilar-se em Beirute, de onde editou a maior parte de sua obra literária. Morreu em 1984, no seu exílio no Cairo.
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